MATEMÁTICA, ASTRONOMIA e FILOSOFIA
Fonte: Jules Maurice Gaspard (1862–1919) - Elbert Hubbard, "Hypatia", in Little Journeys to the Homes of Great Teachers, v.23 #4, East Aurora, New York : The Roycrofters, 1908 (375 p. 2 v. ports. 21 cm).
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Hipátia
de Alexandria, foi uma filosofa e matemática
neoplatónica grega, filha de Theon, matemático, filosofo e astrônomo; nasceu na
cidade de Alexandria entre os anos de 350 e 370 d.c no Egito. Filha única, foi criada
exclusivamente pelo seu pai, já que sua mãe morreu prematuramente. Durante sua
juventude recebeu uma educação rica nas áreas da matemática, arte, literatura,
retórica, filosofia entre tantas outras.
Durante
o período pré-cristã as escolas de filosofia forneceram brechas para a entrada
de mulheres intelectuais nas academias, e uma dessas mulheres foi Hipátia.
Viajou para Atenas aonde teve reconhecimento e posteriormente sendo convidada
para lecionar na sua terra natal. Criou fama como professora na Universidade de
Alexandria, entre os seus notáveis alunos temos: Sinésio de Cirene, mais tarde
Bispo de Ptolemais.
Foi
autora de diversas obras que se perderam com o famoso incêndio da Biblioteca de
Alexandria. Muito do que sabemos de Hipátia é com base na correspondência de
Sinésio e a mesma, Sinésio de Cirene oferece a ela a autoria na construção de
um astrolábio, um higroscópio e um outro objeto de nome hidrômetro.
Ao
longo de sua vida recebeu várias propostas de casamento, contudo sempre
respondia a mesma coisa sou “casada com a verdade”, ou seja, ela era casada com
a ciência, sendo assim ela nunca se casou.
Em 415 d. C. depois de várias revoltas anti-hereges, em uma fatídica tarde de março Hipátia é atacada por uma multidão fanática de religiosos enfurecidos, é arrancada da sua carruagem enquanto se encaminhava para a Universidade de Alexandria, é levada a uma igreja das mediações e torturada até a morte, depois de morta o seu corpo não teria descanso. Seu corpo é arrastado pelas ruas da cidade amarrado por uma corda, presa a uma carroça, também acaba sendo desmembrado e jogado a uma fogueira.
Fonte: Hypatia's Murder (19th century print). Ann Ronan Pictures/Print Collector/Getty Images
Em 415 d. C. depois de várias revoltas anti-hereges, em uma fatídica tarde de março Hipátia é atacada por uma multidão fanática de religiosos enfurecidos, é arrancada da sua carruagem enquanto se encaminhava para a Universidade de Alexandria, é levada a uma igreja das mediações e torturada até a morte, depois de morta o seu corpo não teria descanso. Seu corpo é arrastado pelas ruas da cidade amarrado por uma corda, presa a uma carroça, também acaba sendo desmembrado e jogado a uma fogueira.
A vida de Hipátia
pode ser considerada uma verdadeira tragédia grega. Ela é considerada a
primeira mulher a ter trabalhos importantes na área das exatas, é também a
primeira mulher matemática que a história registrou e um dos últimos
intelectuais que se tem notícias de ter trabalhado na Biblioteca de Alexandria.
REFERÊNCIAS:
CABECEIRA, ANA CLARA DA SILVA. A VIDA DE HIPÁCIA DE ALEXANDRIA:
REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO NA ANTIGUIDADE TARDIA. UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA,
BRASÍLIA, 2014.
OLIVEIRA, Loraine. VESTÍGIOS DA
VIDA DE HIPÁCIA DE ALEXANDRIA. Perspectiva Filosófica, vol. 43, n. 1,
2016.
FERNANDEZ, Cecília
de Souza; AMARAL, Ana Maria Luz Fassarella do; VIANA, Isabela Vasconcellos. 2.1
Hipátia de Alexandria. In: A HISTÓRIA DE HIPÁTIA E DE MUITAS
OUTRAS MATEMÁTICAS. Rio de Janeiro, RJ, 2019, pp. 11-13.
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PARA SABER MAIS...
Filme: "Ágora" (2009), direção de Alejandro Amenábar
"Hipátia e o fim de Alexandria" por Calr Sagan